
Como posso ser eu sem ser eu envolta de alguém que também me quer?
Seria sóbria, firme, futurista sem um amor afim.
Ou seria sombra, dos casais nos bancos das praças, dos anéis em dedos de moça, dos suspiros de donzelas e das rosas murchas dos bouquets após o dia dos namorados?
Seria sóbria, firme, futurista sem um amor afim.
Ou seria sombra, dos casais nos bancos das praças, dos anéis em dedos de moça, dos suspiros de donzelas e das rosas murchas dos bouquets após o dia dos namorados?
É que na infinitude de olhar com paixão é que reside o ápice da felicidade de um ser como eu.
Como não me permitir? Entregar-me à um fado oferecido num entardecer...
Aos desejos de duas crianças de se unir através de um anel de lacre de latinha na praça da igreja...
É como se fosse...
Uma poesia lenta, uma música clássica, um vinho antigo, um chocolate branco, uma água pura...
Um balanço de saia ao vento, um entorpecente, um canto de passarinho, um sussurro no ouvido.
Um samba ligeiro... do qual tiro um passo meu e ofereço a ti...