Já eram quase 18:00 h. Ela já havia se levantado daquela cadeira umas trinta vezes. O vento que tocava seus pés era quente como fumaça de bule d'agua. Atreveu-se a olhar seu chefe com uma expressão de cansaço no rosto como quem suplica por dez minutos de adiantamento na saída. Não teve êxito. Esperou o relógio pontuar às exatas 18:00 h para se levantar daquela sala quente e seca rumo à rua, pronta para enfrentar o solzinho esperto do horário de verão. Sabe-se lá porque sentia um contentamento estranho quando colocou os pés na rua, sorriu, e logo ouviu seu nome sendo gritado, quase sussurrado, do outro lado da rua.
Ele permanecia dentro do carro e oferecia a ela o sorriso de quem quer surpreender. Estava a esperá-la desde às 17:40. Imaginou que já o tivesse avistado, visto que saiu sorrindo abobalhada.
Ela hesitou em aceitar a carona até em casa, pensava que teria de ter a conversa da qual fugira dias antes e não tinha tempo. A faculdade começava às sete e ainda havia de tomar um banho, pois com esse calor todo estava molhando o colo de suor.
- Quando voltei você já não estava mais lá.
Uma silêncio se fez em meio ao barulho de passagem de carros e vozes de traseuntes.
- É que tive medo. Não sabia o que iria dizer.
- Entre ou o calor cozinha-nos.
Continua....
Ele permanecia dentro do carro e oferecia a ela o sorriso de quem quer surpreender. Estava a esperá-la desde às 17:40. Imaginou que já o tivesse avistado, visto que saiu sorrindo abobalhada.
Ela hesitou em aceitar a carona até em casa, pensava que teria de ter a conversa da qual fugira dias antes e não tinha tempo. A faculdade começava às sete e ainda havia de tomar um banho, pois com esse calor todo estava molhando o colo de suor.
- Quando voltei você já não estava mais lá.
Uma silêncio se fez em meio ao barulho de passagem de carros e vozes de traseuntes.
- É que tive medo. Não sabia o que iria dizer.
- Entre ou o calor cozinha-nos.
Continua....