sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Pseudo-amor


Deixou-me zonza assim...
Só pra não dizer amor

Do seu codinome
Apenas restou a cópia de seu RG
O currículo que encontrei na gaveta

Foi de tanto ignorar
Perdi meu tempo
Você, seu lugar.

Esqueceu-se de sorrir
Sonhar...
Desejava a mim, ao mundo
Chamava meu nome
A perturbar... perturbar...

Vendeu a alma
Ao diabo eu sei
Trocou o telefone
O endereço
Mudou de fome
Emudeceu

Secou a umidade da nossa manhã
Pra dar vazão a um sonho que não é seu
Perdeu-se em si
Parado assim...
Entristeceu?

E eu desejosa de tanto
Calor dos braços seus
Perfume da nossa flor

Eu receosa agora
de dar-lhe as mãos
À luz de manhã qualquer

E eu pensando agora...
...
O (pseudo) amor que tive
adormeceu...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

...




Me conformo de Saber

Que morrerei

Da loucura

Que sou


Eu me conformo de ser
A loucura que sou

terça-feira, 27 de novembro de 2007

???????



Levantei-me do chão às 18:15 do dia 26 de novembro de 2007.

Me sinto um tanto leve agora.
Mas, se antes já me sentia sem peso - para não dizer que realmente sou magrela - essa leveza toda me assusta. Que coisa estranha! E essas pessoas todas em volta do carro? curiosas! Ora! não me aconteceu nada!

Aproximo-me do cículo de pessoas e me apertando contra elas procuro espaço para verificar se algo ficou no chão com minha queda. Enquanto passo por dentre o tulmulto de pessoas vou sorrindo desconcertada e repetindo:

- Não se preocupem, estou bem. Não foi nada. Um arranhãozinho só!

Parecem um pouco ocupados ou desinteressados da minha pessoa. Talvez o carro seja mais importante que eu. Decerto que sim. Insensíveis, capitalistas e individualistas!

Ao fim do formigueiro de gente encontro o vazio e o carro parado ainda atravessado na rua. Recuso-me a acreditar, mas a dona do carro, encostada no ombro dalgum familiar, chora com comoção infantil.

Me impeço de abaixar as vistas numa ação relfexiva. Mas quando olho para o chão vejo o meu magro corpo estendido, ensaguentado da cabeça até os ombros. A minha saia branca está agora da cor do asfalto. E não estou deitada como um anjo ou como num filme. Estou de cambalacho com as pernas estribuchadas e os braços escunchavados.

Eu morri. Morri ao tentar atravessar a esquina. Agora sou eu apenas uma fumaça branca-invisível no meio do mundo.


- Realmente, ontem quase morri atropelada. Como tantas outras vezes quase cheguei perto de voar ao toque do carro no meio das minhas pernas. risos.
Se souberem de algum sumiço meu, amigos, favor procurar o IML.

Créditos de inspiração: Milena Vieira:
http://www.superopiniao.blogspot.com/

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Horizontalizar



Cobiço o muro além da janela
Do quarto
Que eu mesma construí.
Observo a persiana dançando;
Dançante,
Aponta o horizonte para mim.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007


Pássaro preto,

Canta em mim

a dor que finjo

não ter assim



só porque não...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Aguçar...

Eu lhe descubro,
Como quem descobre moeda perdida ali.
Me lanço
Pra recuar e lhe ver lançar-se para mim.

A sua gravata, o seu sorrir.
A sua nuca
Aguça, aguça
Agora em mim.

00:06

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Capítulo II

Já eram quase 18:00 h. Ela já havia se levantado daquela cadeira umas trinta vezes. O vento que tocava seus pés era quente como fumaça de bule d'agua. Atreveu-se a olhar seu chefe com uma expressão de cansaço no rosto como quem suplica por dez minutos de adiantamento na saída. Não teve êxito. Esperou o relógio pontuar às exatas 18:00 h para se levantar daquela sala quente e seca rumo à rua, pronta para enfrentar o solzinho esperto do horário de verão. Sabe-se lá porque sentia um contentamento estranho quando colocou os pés na rua, sorriu, e logo ouviu seu nome sendo gritado, quase sussurrado, do outro lado da rua.
Ele permanecia dentro do carro e oferecia a ela o sorriso de quem quer surpreender. Estava a esperá-la desde às 17:40. Imaginou que já o tivesse avistado, visto que saiu sorrindo abobalhada.
Ela hesitou em aceitar a carona até em casa, pensava que teria de ter a conversa da qual fugira dias antes e não tinha tempo. A faculdade começava às sete e ainda havia de tomar um banho, pois com esse calor todo estava molhando o colo de suor.
- Quando voltei você já não estava mais lá.
Uma silêncio se fez em meio ao barulho de passagem de carros e vozes de traseuntes.
- É que tive medo. Não sabia o que iria dizer.
- Entre ou o calor cozinha-nos.



Continua....

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Quem sou eu:



Sou...
Um objeto – ser.
Participante do mistério do Planeta.
Sondando o mundo-universo
Feito passarinho,
Canto.
Desminto,
Acabo sozinho.



Escrevo,
Poque feita de carne
Sinto-me pedaço dessa massa forte
Canção

Energia
Inspiração.



Sou luz dissipada,
Fogo brando
Mata seca – queimada
Sou passo de samba
Água de cachoeira
Saia rodada
Vestido florido



Sou, antes de tudo,
Apenas um objeto – ser
Desse universo em desencanto.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Deixa estar...




Ziguezaguiando zonzo de te procurar
Tranco no meu pranto o canto alto de euforia que eu queria te cantar
Guardo pra mim,
Deixa estar

Los Hermanos

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Capítulo I


Carrega os livros todos, passa pro dentre as pequenas frestas das enormes prateleiras de livros. Caminha, como se adiante não fosse o conhecimento seu melhor encontro do dia. Aproxima-se do primeiro degrau da escada.


Pensa agora em vê-lo, e sorrir enquanto se aproxima para dizer as palavras que escolheu no final de semana.


Um passo. Sobe o primeiro degrau da escada curva, zoneante, balançando os cabelos. E quando aponta no segundo piso, a ação imediata é a de movimentar as pupilas em busca da imagem dele. Não faz muito esforço. Sabe ela que ele costuma frequentar a biblioteca às noites de segundas e quintas-feiras.
Logo o avista, de costas, sentado, de branco, balançando um papel em volta de si por conta dos quase 35° que fazem. Aproxima-se por detrás. Sutil, ela caminha como criança nas pontas dos pés – quase eufórica. E num movimento único sopra sua nuca para pegá-o num susto. Ele volta a face para ela sorrindo, com uma expressão de quem diz: “você!”.


Repousa os livros sobre a mesa e senta-se ao lado dele.


Conversam por cerca de cinco minutos, sobre os afazeres, o cansaço, o trabalho, a família – essa conversa de quase desconhecidos. Suspira ela em busca de fôlego para lhe dizer o quanto era importante encontrá-lo ali hoje, precisava lhe dizer, confessar o desprezo que tem – agora – da solidão.


Mas o jeito que agora ele sorri faz com que ela já não se lembre do significado do que iria dizer, pois ele diz "- estou bem" e seu sorriso agora urge como indiferente e um tanto desprezível pela pessoa que aguarda lhe mostrar o poema que fez na noite anterior.


Resolve esperar pelo fim da leitura que ele fazia, enquanto apressa o exercício que também viera à biblioteca fazer.


Instantes depois ele se levanta rumo ao banheiro. Ela admira-o de longe mas indaga-se porque deveria esperá-lo e porque não fugir escada abaixo com toda a angústia que agora sentia. E o faz.


Desce as escadas, agora já não mais balança os cabelos, nem se movimenta sutilmente; foge. Anda às pressas com temor de que ele retorne e a veja ali: fugindo. Fugindo do descontentamento de vê-lo bem - sem ela- fugindo da dor que não espera mais sentir.


Caminha a passos largos rumo à larga avenida, caminha agora para o vão de si.

Silêncio meu


Tec tec tec tec tec tec...... ao som do teclado...
Esvazia-se meu dia....
tec tec tec....
hoje não escrevo nada.
Pois pra dizer da dor que sinto
Prefiro mesmo estar calada;

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Uma canção de amor




Espere...

O que falei a pouco não foi pra te machucar.
É esse impulso infante
Que faz de mim esse monstro que você vê.

Não bata outra vez a porta amor,
Ando cansada de correr pro lado seu.
Sabe que hora dessas bate o vento, seca nossas lágrimas
E você desmacha a cara feia de quem não quer me ver.

Já são onze.
Esperemos a sensatez nos pontuar também.
À meia noite te digo: "Jure"
E você fala sobre nossa velhice, calvice e fim.

Tire o sapato amor,
Vem me dê do nosso jeito a sua mão
Sorria que é pra me encantar
Espere o badalo das doze
E volte amanhã pro jantar.


Escrevo...

É como um impulso constante, acelerado.
Movimento Circular Uniforme.
Vasto.
É o que preenche o vazio.
E faz-me acreditar que literatura é mais gostoso que conhecimento acadêmico.
fim

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Assunte...

É arripio que sinto quando vejo pedaços de pau secos no chão.
Esse vento quenem tampa de bule, esse sol que mastiga o gado.

Mas, já dizia algum poeta: Depois do tormento - seca- vem a abundância - chuva.
E esse ar e essa terra com cara de lama rasa vão tomar, dia qualquer, dimensão de mar.

Mergulhados em água doce e pura, dançaremos ao cheiro de poeira alevantada.
Esse povo pobre, mas não sem fartura, colherá Flor-de-pequi em ano todo.

-> à G.R.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ele em mim...

Parecia ser assim: quando eu apressava o passo ele se afastava de mim.
Mas não era a fuga o que mais me instigava/intrigava. Era porque ele sempre sabia me olhar quando não podia vê-lo.
InstigAVA - no passado - pois, quando vi, era eu que me anunciava para ele com um movimento sutil de cabelo e depois fugia com o olhar pra deixar que ele me notasse.
Era eu quem fugia e me dei conta apenas hoje.
Pudera... eu quem sou...

Começava assim: eu com os pés na água, ele com os olhos em mim. Eu com cabelos tocados, ele soprava em mim o vento que eu imaginava surgir das árvores. Num instante assim, no outro assado. Agora, eu é quem corria pro seu lado. Fingia eu ter medo, pra me esconder atrás do cheiro que ele exalava - quase inodoro, apenas cheiro de si mesmo. Amargava eu um sorriso que suplica por uma palavra qualquer. E ele, continuava ali.

E pedia um copo. " - Coloque um pouco de vinho para mim." Era hora de rir. E de calar em seguida porque também já não havia muito o que dizer. Não sei se por mim, tagarela que sou, mas por ele. Por ele e aquela mudez que me fazia desejar apenas um. Abraço qualquer, palavra doce solvida baixo, pra que ninguém note.

E quando num risco de palavras qualquer soube eu do desejo seu: de mim.

E, quando num gesto sutil, num sorriso surgido deitados na grama a olhar o céu, eu quis ainda mais saber do desejo seu, dos seus objetos e de mim - por ele.

E terminou assim... eu cantarolando repetidas vezes a frase mais linda que ele cantou: "Ao sol ...".

E termina assim... eu me lembrando do timbre medroso e suave da sua voz. Esperando o sol clarear. Termina assim: eu lembrando dele, ele, talvez, ainda lembre de mim.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Sinestesia

Em frente à tv.
Radio qualquer faz cheiro de MPB.
Pipoca seria?
Bife ou carne cozida?
Amanheceria. E eu ainda estaria ali.
Estático tempo corrente.
Quebrando atrás de mim.
Sigo em frente,
Adiante enxergo o vão de mim.
Pipoca seria?
E eu ainda estaria ali.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Meninices...

É dia de sol qualquer. Caminho, tropeço, me espanto e páro.
E, parada bem ao lado, observando o movimento contínuo da moça que parece pincelar o vazio daquela enorme panela com um palitinho tipo-espeto.
Pinta de cor invisível o ar?
A moça na esquina faz com o que se parece açucar refinado vire nuvem!
Como nuvem rosa ou quase sem cor.
E surge como que do nada!

Tão constante a imagem que parece repetida em tempo-espaço de segundos.
Ela bole. futuca a vazia panela de fazer nuvem, enquanto um barulhinho de máquina qualquer se faz singelo.

E surge! algodão doce rosa.

Rosa como quase sem cor.

Menina como sou, soa-me como convite irrecusável: comer algodão doce na esquina.
E entro na fila. "avante!" penso eu.
Revivendo aquela ansiedade do sabor nunca sentido, imagino-me levando o doce pedaço de nuvem rosa à boca grande que deus me deu.
Que benção! E quando aponta para mim aquele palitinho tipo-espeto - agora tão mais lindo -deliro!
Como é possível comer açucar mutante e sentir sabor do céu?

Menina da porteira bahia-minas...
Tão menina ainda és!

Ainda não me canso de ser eu.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Volto eu, em mim, em letras.

Pois é... não me canso nunca de ser eu.
O calor seco desse pasto cru me empurra... infuzado sol montesclarense!
Vai lá menina!

E venho... como nada mais me satisfaz que sorrir e respirar ao ver as letras, ainda que sejam estas mesmas: computadorizadas, cheias de design e sei lá mais o quê.

Quem dera eu. Sozinha, mentindo.

Cruel inconsciente de que falou lá o louco do Freud.

Venho eu, margeando...

Venho eu, escrevendo.

Volto, pois, eu. Invejando as letras de Assis, Sabino.

Volto já.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A mesma e única casa...


Nada como tudo novo de novo!!


Olha... hoje, quando acordei lá pelas 07:00 ouvi ruídos do lado da minha janela...

Não eram exatamente ruídos, eram sons: finos sons.

Como se não bastasse a linda melodia da minha cortina feita de esteira sendo balançada pelo vento, o movimento circular sutil da mandala que eu mesma fiz pra pendurar junto da lâmpada e a energia das mandalas que preguei em todas paredes do quarto, havia uma outra energia.

E quando levantei da cama, não mais vi uma construção de edifício da minha janela... eu vi pássaros!

E os pássaros cantarolavam ao som do clube da esquina que, já nesse momento, tocava em meu velho aparelho de som.

E quando saí na VARANDA eu vi o sol tocar levemente todo o meu corpo.

Eu vi insetos rastejando pelo chão. Até uma perereca eu achei noutro dia.

E me sentei ali mesmo, no meio fio da porta da sala e fiquei a observar o quanto o novo faz bem, ainda mais quando o velho era bem pior (risos)
O que me faz feliz, hoje, é poder sentir todas as vibrações possíveis dentro da minha casa. Desde o barulho estridente da panela de pressão até ruído suave do balançar das árvores...
Vibrações Positivas pra vocês também!
"A mesma e última casa. A casa onde eu sempre morei" Zeca Baleiro

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

De Poetar...



De poetar, confusa e vã,
Do carvão que aqui risca,
Em busca do perdido, desenconto.

Em linhas, rabiscos e versos.
Em lápis, anseio, amor e medo.
Infinito é! E belo!
Quão lírios em tronco de árvores.
Quão água doce de cachoeira.

Encanto tão fluxo e tenro.
Medindo ternura, amor e dor,
Aqui novamente escrevo.
E quanto mais ainda quero...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Curto diálogo.


- Cê vai lá?
- Ah... sei não... to deixando estar.
- E depois de tudo, vai fazer o quê?
- Desesperar não vou. Aliás, já fui e já voltei.

E, passados os minutos, não mais se alonga a conversa.
Em miúdos, vai cutucando as cutículas das unhas, repuxando tudo.
O movimento circular que faz suas pernas cruzadas o assusta.

- Vai... arrisque o que puder!
- Mas se não me resta nada a arriscar!
- Então não perdes nada tentando...

Sopra-se as mãos, como se nessas houvesse humidade.
Levanta-se da cadeira, rodeia a sala e pára na base da janela.

- E se me forem todas as chances?
- Então só há que se dizer que tentastes e que todas palavras não foram em vão, porque lhe foi dito o que estava engasgado.
- Então vou... e jogo tudo pra fora, num sopro voraz.

E como se quizesse enfrentar o mundo com sua ínfima força, dirigiu-se à porta e através dela se atirou em busca das respostas.

FIM.

Singelo Protesto do amor...

O INCOVENIENTE,
É O QUE ME CONVÉM.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

DO OUTRO LADO DA MESMA AVENIDA...



Caminho à passos lentos,
Vamos sendo tocados pelos ventos...
Do outro lado da mesma avenida.

Enquanto cercam-me as luzes de carros,
O barulho dos pneus,
Eu atravesso,
Pro outro lado da mesma avenida.

E levo comigo os sorrisos,
Dos amigos que tenho
E que moram aqui.
Do outro lado da mesma avenida.

Levo as histórias das noites longas,
Dos cigarros acesos,
Das cervejas entornadas.
Do outro lado da mesma avenida,
Levo o sonho,
De seguir...

E atravessar novamente e sempre...
Pro outro lado da mesma avenida.


Aos meus amigos skuza's....

terça-feira, 28 de agosto de 2007

PARTICIPO SENDO O MISTÉRIO DO PLANETA...



Eu vou levando como sou,
E vou sendo como posso.
Paulinho Boca - Novos Baianos


Fazendo de mim extensão dos vocais do Paulinho, caminho pro pensamento seu.

De mim, só levo o que sou.
Do resto, como posso saber eu?


De ser poeta, somente triste sei ser,
Por quais motivos não consigo escrever quando me sinto tomada de felicidade?
Dizem que os poetas, os verdadeiros, só sabem escrever sobre DOR.


Então, assim sendo, vedadeira poeta sou.
Mais que escrever sobre DOR, eu a sinto... e tão contínua... que, às vezes, parece-me também pretextual pros meus escritos.


Mas o que faz doer poeta? o que faz chorar?
É esse medo, ou, em tempos poucos, a certeza de que algo anda errado.
Anda errado pois a vida que levo, as decisões que tomo, as coisas das quais fujo com tânto ânimo.
O NÃO SABER...
é o que mais dói.
Poeta, deixe de amar... e parará de doer.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A academia....

Lá vem aquele velho conhecido que não vejo já faz algum tempo. Ele vem caminhando e olhando pros lados, como se ainda não houvesse me visto. Os telhados, os postes e as árvores nesse momento se tornam alvo de olhares atentos, fingidos...

E, como se ainda não houvesse mesmo me visto, sobressalta-se com ânimo e acena enquanto se aproxima. E lá vem aquele velho papo de como anda minha mãe, e aquela minha amiga, aquele antigo namorado e o blabláblá da correria do dia-a-dia, da falta de tempo e do aperto da faculdade.

Pronto! agora chegamos exatamente no ponto! Vai vir aquela pergunta... já aguardava ansiosa! - E então... você está gostando da faculdade?

Agora, veja bem, você leitor, se isso é pergunta conveniente que se faça pra um acadêmico do terceiro período. Eu poderia muito bem soltar aqule soriso falso, dissimulado e dizer que sim "-Ah... nada me faz mais feliz do que este curso! É ótimo!". Mas, resolvo mesmo soltar logo a verdade. E essa verdade assusta mesmo.

"Ah... sabe o que é? É que eu não gosto muito não. As pessoas por aqui, apesar de rélis ACADÊMICOS, se portam como justiceiros e cumpridores exímios da Lei. Pois é... elas vestem terninhos para ir aos congressos e eles, acredite, usam ternos! Os professores? ah! não temos. Temos alguns advogados, juízes e afins que, buscando uma rendinha complementar, se arriscam a dar algumas aulinhas. Todos com suas brilhantes carecas e suas protuberantes barrigas. Apenas velhos advogados, mas professores mesmo são poucos. Ah! e tem outra, estudar lei é chato mesmo! Virge! a gente tem que ler um monte de opinião pré-formulada. Tudo já está prontinho. Aí então é só mesmo formar e ser um instrumento de levar a lei à risca. E esse sim, para mim, é o maior problema. Não há como revolucionar, não há como flexibilizar, não há como humanizar. Então, acredito, sinceramente, que não vou ser muito útil aplicando leis."

Mas, confrontando meu Yin e Yang e me perguntando com cara de indignação frente ao espelho: "-Como pode você hein menina?! Quase dois anos lutando pra entrar nessa universidade! Festas em segundo plano, madrugadas afora 'comendo' livros, tardes de domingos esquecidas no cursinho, dias tênues de trabalho duro na biblioteca, tudo isso para quê? Não foi mesmo pra entrar na academia?. e agora me vem você com balelas de paixão, de busca, de confusões, de medos, de pernonalidadede flor-azul e de sonhos"

"- Mas é um curso que tem um LEQUE (odeio essa expressão: o leque de oportunidade). Você pode tentar concurso, pode ser delegado, promotor, advogado e até trabalhar no supremo."

"-É que na verdade, como eu disse, eu não quero usar terninho e brinco de ouro"

Bem... se eu ainda continuo cursando DIREITO na 2ª MELHOR UNIVERSIDADE DO BRASIL, eleita pelo enade, é pelo fato de eu CRER que ainda revoluiciono, ainda que sozinha, ainda que com ideiais e idéias que só passam pela minha cabeça. Se há alguma forma de fugir do terninho... ah... então eu caminharei pra isso.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Meu eu-lírico canta:



Você é insensível à minha dor. Mas eu não sofro mais... Porque aqui o vento já passou e foi capaz de secar as lágrimas que derramei no lençol úmido. E o sol entra agora pela fresta da janela e vai mechendo com meu mundo sombrio, enchendo de cor... E eu vou flutuando em vida terrena e plena além de ti" ....



Eu remasterizo a minha dor.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Como Amélie Poulain


Ontem pensei de agir como Amélie Poulain.

Me cansei de querer contar histórias de filmes, "estórias" que não acontecem na realidade.

Pensei e pensei. Respirei pra tomar coragem... e sair da solidão de Poulain ou das tentativas reiteradas de seu peixe de estimação de suicídio.



Tanta poesia no olhar da menina Poulain e tanta vontade de paixão no olhar da moça Poulain...

Ah... que poesia... saber lidar com a conquista com tanta Maestria!



"O que Amélie parece compreender muito bem é que, de modo geral, são os pequenos detalhes que determinam o grau de satisfação com que levamos nossas vidas: prazeres rotineiros ou contratempos triviais quase sempre definem aquilo que costumamos julgar como sendo um 'bom' ou um 'mau' dia"



E ontem... ontem foi um BOM DIA.... Dia daqueles em que acordamos com vontade de sorrir pras crianças na rua, com vontade de abraçar o sol, tomar pra si o céu.



Quero analisar as minhas sensibilidades e tranmití-las para aqueles que se aproximam de mim. Não quero mais parecer forte, pois forte jamais fui.

Quero parecer leve, como dente-de-leão que flutua e voa com um sopro qualquer...



EXTRAIR O MÁGICO DO MEU COTIDIANO.

Fazer meu mundo girar ao contrário, estampar na cara a paixão que sinto, ou que busco...



Como Poulain... Quero me apaixonar pelos brinquedos esquecidos; pelo álbum de fotografias jogado; pelas pessoas que vejo na rua dia-a-dia; quero entregar fotografias à alguém de um doende que passeia pelo mundo; quero entregar as cartas que nunca foram recebidas; quero poder deixar recados escondidos; dar sorrisos transversos... quero me apaixonar pela vida... simples....



Mas, antes de tudo, quero amar a mim.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Balelas...



Balelas...
Deixando de lado a dor do mundo todo,
Viajo em momentos curtos e claros.
Descendo as minhas escadas,
Escaldo-me no calor desse sol tonto.
Deixo meus cabelos perderem forma com a brisa mansa;
Deixo o meu olhar perdido no pé-de-pitanga;
Na pata da formiga amiga;
Me encanta...
Ver o céu tão aberto e celeste...
Respiro fundo...
E me envolvo no manto.

Thaiane Guerra - 13/08/2007

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O nome

O nome


Eu procuro o espelho
Em que eu possa me ver diferente
Procuro outro eu, outra vez, no poema.
Procuro a hora e a vez de lançar minha oferta.

Eu procuro um carinho de sonho infantil
No corpo da moça bailando no ar.
Procuro o cheiro do lençol que não viu só teu sono,
A palavra certeira que me anule os defeitos,
A palavra que me dê teu lábio
Ou ao menos um jeito de arrancar do peito essa tensão.

Eu procuro o melhor de mim
Para te entregar de bandeja
Num coração em pedaços
Que esse mundo, aos poucos, tentou destruir.

Eu procuro teu nome escrever num papel
Guarda-lo na gaveta da mesa do quarto
E, anos depois, encontrá-lo, já transformado numa história feliz.


Julho de 2007

Por Beleu... n é meu.. é de Beu... rs

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Reperteco teco




A verdade?

É que me canso de ser incansavelmente cansada de tudo...
Tudo me cansa muito!
Fazer tudo igual ao que igualmente se faz todo dia;
Caminhar buscando o caminho correto a ser pecorrido;
Buscar o que é a busca infinita do ser-homem;
Tentar fazer parar de doer a dor que dói sem se sentir nada;



Agora?

Vou tirar a máscara que colore todo meu rosto de felicidade;
Tirar meu nariz de palhaço;
Vou deixar de cantarolar enquanto encanto ruas e becos;
E vou-me deixar... deixando estar...
Vou ouvir tango e tangarolá o adeus da MPB;



E pra frente?


vou ver o horizonte estreitar-se em vertical cena blue...

terça-feira, 17 de julho de 2007

Ruas vazias... e lembranças...


É só o vento... por aqui só mesmo o vento.
Pergunto onde estão as cores, as pessoas e o zum-zum-zum de vozes infantes...
Não há.
O que vejo são bancos que querem me contar dos meus segredos, ruas que estreitam minhas lembranças, árvores que insistem em querer saber de mim.
Queria tempo livre, como tantas vezes já disse. Queria o ar, as vozes, o toque das maõs do meu pai em meus cabelos, o beijo da minha mãe no meu ouvido e a pressão do corpo da minha irmã pulando em cima de mim, sorrindo...
Ao menos o sol me consola... ele... vem esquentar meus braços nus e meu corpo seco.
Ao andar, o que vou ver? minha menina na bicicleta, a menina no patins laranja, a mocinha no portão da escola, a moça detrás do vidro do carro chorando o adeus...
Tenho saudades da minha menina, da menina que fui... que quantas vezes deixo perdida, esquecida. E que quantas vezes ao voltar a este lugar ela me vem... vem me seguindo do outro lado da rua, sorrindo para mim.
Mas a moça que agora mora em mim não a deixa sorrindo. Vai amargurando, espremendo o dia na frente da TV. Esmagando a alegria na comida.

A moça não me deixa seguir...

Porque o moço parece morar aqui... na sala, no quarto, no café da cozinha, no violão do meu pai, no verde das flores da sacada, no assovio que faz o vento ao atravessar a fresta da janela...

O Moço não me deixa sorrir... nem as lembranças... e a moça amargura-se em água salgada que desce o rosto.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

O Desenho

No risco, me vejo torta
Os olhos embriagados
A boca carregada e escarlate
As mãos enrrugadas, desenriquecidas
Os pés secos, fazendo-se de quietos
O corpo deitado, em forma de feto
E quase nu, com um lenço azul transpassado
O sorriso é smilinguido, fraco
E a cor de tudo é polar.
O colo manso, sem movimento
E o cabelo jogado por tantos lados...
Lados tantos quantos são os pensamentos.


05/07/07 - 23:43

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Relações interpessoais... existem! rs


Link MSN;
Dois cliques;
Login;
Aguardando...
11 amigos online...

Janelinha;
Letra colorida;
smile;
-Oi! tudo jóia?!
-Jóia! e ae?
(...)

Isso é o dia-a-dia de qualquer ser, um pouco normal, que tenha internet 24h.
E esvaem-se as tardes de segunda a segunda nesses mesmos atos repetidos...
Lá se vão as notícias da semana... "provas"; "trabalho"; "tá corrido"; "e nesse final de semana, o que rola?"; "vamos marcar mesmo! vai ser ótimo!"; "to gripado.. é foda!"; "acessa ae: http://..."; "pois é.. aqui também tá frio pra caramba!"; "marca... volto daqui a pouco".
Tão ricos os diálogos... chego a sobressaltar-me da cadeira de tanta emoção...
E lá se vão bocejos e fecha, abre, minimiza, maximiza de janelinhas... Atordoante! Triste!

Pois é... ainda rende... essa coisa de ficar "tc" com pessoas, mesmo quando não se tem nada de interessante pra dizer.

Ah... mas a velha relação interpessoal... nada melhor!
O "plact" do abrir a cerveja, o abraço apertado e o velho e sonoro "Puxa! você sumiu!". Um puxa-empurra, um louco gritando ao pé do seu ouvido aquela piadinha que só os amigos entendem, os risos, olhares, e cutucos nos amigos só pra chatear mesmo... É rico!

A internet e toda essa ponte de comunicação criada pela tecnologia que é capaz de fazer um africano bater papo com um japonês a qualquer hora do dia me assuta! E o problema: QUEBRA com a capacidade de interação real entre as pessoas.

É muito bacana falar virtualmente. Até porque é mesmo uma oportunidade de manter contato com pessoas que, realmente, seria impossível manter não fosse essa tecnologia. Mas, pensando para além, lembre bem há quanto tempo você não recebe um amigo em casa para aquele café e a conversa sobre o cotidiano?; ou, ainda, nos seus últimos aniversários quantas pessoas te deram um abraço ao invés de te deixarem "scraps", mandarem "torpedos" no celular ou falarem um rápido parabéns pelo telefone? Quantas horas perdeu jogando o ócio pra dentro dessa tela ao invés de sentar num velho sofá, banco ou cadeira de um bar pra falar sobre coisas sem importância, discursar sobre o problema da política e corrupção, sobre a crise existencial e falar sobre comportamentos estranhos das pessoas que te rodeiam (rs... pleonasmo...)

O contato interpessoal... é mais gostoso... Tem mais charme, mais emoção. Vibra mais, rende mais, proprorciona-nos lembrar deles depois e rir sozinho...
Meu voto é unânime! E viva o calor irradiado entre os homens!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Hoje...

Não tenho fôlego pra escrever.. amanhã é meu último dia na faculdade e tenho provas ainda... corrido..
AS coisas me sufocando... eu procurando ar. Encontro-o!
Ontem no Empório Canadá... Roda de Samba, gente de paz!
Maravilha é poder dividir momentos com as pessoas e poder retirar deles o sumo mais puro!
Ontem... foi assim.. Estou encurralada pela faculdade e trabalho e, num mesmo tempo, liberta pelo mundo!

Voarei...
Voarei...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

E volta a dor...

Perdida, Jogada.
Esquecida de mim.
Dos meus planos, desejos.
Dos meus sonhos.

Esqueci-me de me redescobrir
E agora dou à vida o rumo do horóscopo do dia

O caminho largo, passos estreitos
Nada no conforme
Tudo é caos

Deixo de planejar
E passo atrás de passo me peco

E o caminho largo dimensiona-se em pequena trilha
E passo atrás de passo
Vou destinando-me
Mas ainda sem saber de mim.

hoje, às 11:00

Um poema pra mim...

Olha.. recebi algo que me deixou engrandecida...
Pra não dizer boba e inchada!
Fiquei surpresa e admirada e respondi a esse lirismo com um grande obrigada e vários elogios a essa pessoinha que tem o dom de fazer a gente se emocionar com palavras.
DOCE... você é doce "Zito"! Adoro muito e tenho carinho que cresce irradiando coisas boas pra você!
O eu-lírico foi capaz de dizer coisas tão belas... que,por um momento, fizeram meu mar acalmar-se em flores brancas...
Obrigada...


Doce Guerra

Mais uma vez ela vem,
fingindo não saber amar.
Vem de leve, como se tocasse ao piano
suaves melodias de Bach,
bailando no meu pensamento, linda que só...
Me convidando ao desatino.

Vem firme e me tira para dança,
sem medo que eu lhe pise os pés, me convoca para luta,
me aguça o desejo, sem saber de mim.

Pondo em apuros meu coração desbaratinado ,
Transfigura-se numa doce guerra,
Onde não me canso de morrer.

Será que me sonda?
Será que me cerca?
Será que me tem?


Junho de 2007


E foi feito pra mim...!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Voltando aos Geraes baianos..

Hoje pego a estrada, numa tentativa de voltar a sentir de novo aquele bom cheiro de fumaça nos meus cabelos
Hum... cheiro de fumaça... explico logo... rs

Bandeirolas forrando os céus mortugabenses, bonecas de pano penduradas pra todos os lados, cheiro de comida boa: pipoca, quentão, vaca-atolada, chá-de-amendoim, pé-de-moleque... hum... imagine!

E então... o cheiro bom de fumaça nos cabelos... são as tradicionais fogueiras colocadas na frente de cada casa e aqueles fogos de artifício tão bem conhecidos das crianças: estrala-salão, traque, bombinha, vulcão... Ai... quanta ansiedade... rs. Tudo isso faz lembrar minha infância.. aqueleas roupas lindas de chita que colocavam na gente, o dente pintado com lápis preto (rs), as maria-chiquinhas nos cabelos... Nostálgico!
Eu vou! E vou voltar a ser menina... como menina se é...

Sentarei no colo do meu pai, beijarei as mãos da minha mãe e dormirei no meu velho e vazio quarto... pularei a fogueira à meia noite em ponto... colocarei banana e bata-doce para assar na fina brasa...

E estarei lá.. cantarolando hinos da infância perdida...

Há quanto tempo não faço isso.... Nostagia! Me vou! até

Tropeçando na pedra valorosa....

"Valor" é termo abstrato... Já perceberam? é subjetivo também...


"Valor" o que é? até onde vai?


Se é tão bela e brilhante que me aponte o caminho.


Se tão cheia de virtudes, faça reluzir! tenha ela luz própria.


Se eu não sou capaz de iluminar dois palmos à minha frente, como posso iluminar uma pedra valorosa e que me ofusca...?


Posso?


Quanto às certezas, não as tenho. Quanto ao agir.. é aquilo q já disse... se avanço eu mesma me impeço.


Que brilhe tu... já disse q não posso.


*** Isso aqui é um monólogo... rs.. difícil para seres normais entenderem.. "só para loucos"

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Um poema em construção..

Hoje estou super atrasada pra faculdade...

Umas 13:00 comecei a escrever isto ae embaixo... o objeto de inspiração sou eu mesma... não é prepotência gente... rs . Está inacabado.. boa experiência.. posto hoje o rascunho e depois completo-o.


Eis que vem surgindo, da mata seca e torta dos gerais, bela moça
E vai balançando a vida, como balança a rede
Irradiando sons como irradia-os os tambores
Lenta e solta... vai balançando seus longos cabelos

Sem se importar com o mundo e com o que o ele reflete nela
Vivendo à toa, imponente!
Respeitando a vida além das flores...
Rodeando e margeando os homens
Vai deles arrancando qualquer pureza

inté... e luz...


terça-feira, 19 de junho de 2007

Enfim... a dor vai cedendo à cor...


Hoje eu iria postar um texto com discussão política e governamental, por causa de uma "roda" de conversa lá na faculdade... mas ontem fiquei tão nervosa que acho que devo deixar pra escrever sobre isso quando acomodarem-me as idéias...



Então, ao reverso, deixo uma poesia que me surgiu já em berço... quase dormindo... nem tive tempo de pegar minha velha agenda onde escrevo todos os textos. Apanhei o celular, escrevi ali mesmo e salvei nos rascunhos... Achei bonito o que escrevi ontem.... e é um marco de mudança, acredito.



Então, às 00:03 de ontem surgiu:


Não é só a lua que míngua,

A minha mágoa míngua também.

E vai cedendo, deixando liberta...

O rancor recoberta-se, se cobre de lírios azuis.

E o objeto torpe, amargo,

Desenhado num lenço branco e cru,

Vai margeando o dia, iluminado de som.

E delirando em esplendor terreno,

Vibra a vida novamente em cor.



segunda-feira, 18 de junho de 2007

O tal do Aquecimento Global... e coisas mais...

Ontem descobri o verdadeiro sentido dessa loucura que é a evolução da humanidade. Sabe qual descoberta? Caminhamos todos para a auto-destuição!

Sabe.. aquela questão do aquecimento global? Realmente é muito séria.
Duas semanas atrás assisti a um filme, anote aí: "Uma verdade inconveniente", é um documentário "um pouco" (rs) personalista que encarna a figura de Al Gore (é... aquele que perdeu pra Bush, uma pena!), mas muito bom porque traz dados científicos incontestáveis sobre a crescente emissão de CO2 na atmosfera e o consequente aquecimento que todos nós conhecemos tão bem.
E ontem, conversando com dois amigos, chegamos à tristes conclusões:
1- O homem é o único animal que é capaz de destruir se próprio habitat.
2 - É, por consequência, o único que joga todas "fezes" na água que pretende consumir (incrível, não?)
3 - É, por competência, o animal mais burro e inteligente de todos...
4 - Não devora seus filhotes, como alguns "bábaros animais", mas pouco se preocupa com as condições futuras de vida da sua cria.

Conclusão: O homem é um ser quecaminha na direção da auto-destruição das condições de vida da sua espécie! E veja bem... não é porque algum louco que dominar o mundo explodindo toda a galáxia como a gente vê nos desenhos... é um bicho louco e raivoso que constrói engenhocas capazes de poluir numa quantidade incrível! é o bicho que corta, queima, seca e acaba com tanto agrado da natureza pra ganhar uns trocadinhos, veja bem, pra "manter" sua pobre e humilde vidinha... Triste!

Antes fosse o homem que quer dominar o mundo... seria menos idiota...


Amanha escrevo mais... já tá na hora de ir pra faculdade encontrar alguns desses bichos loucos e raivosos...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

E Hoje é sexta-feira!! se não houvesse o sábado...

Bem.. para os normais felicidades hoje...
Mas eu? Humpf! terei de trabalhar amanhã!!! pois é! acordar às seis! Isso não é coisa que se faça com seres humanos de bem! rsrs
Se não bastasse toda trabalheira que tive essa semana...
Secretaria de Educação, Encontro de Formação para 800 professores... imagina! Quantos textos fotocopiados, quantos crachás, digitações, ligações, negociações e reuniões... imaginou? redobra! pronto! chegou no meu trabalho exato da semana.
Já exausto? Pois... não fosse ainda a faculdade que me engessa, uma prova (150 páginas), Um PROJETO DE MONOGRAFIA (tudo bem que eram doze páginas, mas foram duas semanas de trabalho... rs), uma apresentação de Sociologia do Direito (mil teorias e teólogos da criminologia), um trabalho muito bobinho de um professor que jamais ousou dar uma verdadeira aula, tamanha sua intelectualidade...
O texto ae embaixo escrevi 02:00 da quinta-feira? Acha mesmo que ando dormindo bem?
Sem contar a fossa da crise existencial, os medos, as incertezas e tudo mais...
Pois era por tudo isso que queria sair com amigos hoje.. mas não!!!!! tenho que trabalhar no sábado! (detalhe: sem receber um tostão a mais por isso)
Ficou com pena de mim? Faça uma ligação... me console.. e me chame pra sair e destrair... ATENÇÃO!! no sábado... hoje durmo! rs

Uma crônicra...

Bom.. na quarta-feira pela noite escrevi um texto, que depois dei o nome de crônica... é um pouco bobo, mas o q me impressiona é que é uma situação criada por mim totalmete inlusória, ou seja... fui muito criativa ao me colocar numa voz feminina qeu pouco tem haver comigo... Se tiver paciência, leia, se não, pule para o próximo post. rs

Enquanto espero o relógio pontuar 18:00 h ando pela sala do trabalho, catando a caneta, o celular e o cadeno pra jogar na mochila e rumar pra rua...

E, quando num sopro leve, alcanço arua, quanto alívio! Já é quase noite de sexta-feira!
Escorada num poste, proxima ao ponto, aguardo ansiosa a chegada do ônibus. E enquanto não chega me ponho a pensar: "saia ou calça? a branca ou marrom?". E rindo só imagino-o chegando... bons planos, hum... pensamentos...
Sobressalto-me com o empurra-purra de pessoas pra dentro do ônibus. Agora, só mais vinte minutos... e estou em casa...
Chegando... escadas... banho, escovação, perfumes, penteados, cremwes, batom. Roupa passada, sandália lustrada, bolsa na mão. Tudo pronto!
Ah... e aquele fiozinho bom da espera, a delícia da ansiedade, o leve arrepio só de pensar! As mãos... nos cabelos, tato no tato... lábios cheirando flor... Um sorriso tolo me estampa a cara!
Bem... eis que dez minutos depois o friozinho não mais existe.
Trinta minutos depois e a ansiedade transfigura-se em impaciência.
Uma hora depois e o arrepio é de ódio!
E toda essa produção para assistir à novela das oito, que é transmitida às nove.
Ele não faria isso! Não se esqueceria... pois aquele contentamento de me ouvir dizer "sim"... Procuro justificativa. Talvez um imprevisto qualuqer... Deve já me ligar. Quando passar o apuro se lembrará do nosso compromisso e, com muito remorso, pedirá mil desculpas...
Mas já lá se vão 22:00 h quando, enfim, o telefone toca. Espalhafatosa, falto mesmo derrubar o aparelho no chão. E engulindo a aflição, o nervosismo e a raiva, atendo docilmente o telefone dizendo um singelo:
- Alô?
- E então? como você está?
- Um pouco ansiosa... sabe como é...
- Ah.. é mesmo? tem prova amanhã novamente?
Eu respiro fundo e, buscando no âmago a paciência, respondo:
- Como?
- Vai ter prova? Já lhe disse que essa ansiedade toda só é prejudicial...
Ai! não posso me conter!!!!
- Na verdade... tenho mesmo de pensar nisso... Ansiar para quê não é mesmo? Um sexta-feira inteira jogada à custa de uma ligação tão imbecil e ridícula! É mesmo muito prejudicial!
E, num único movimento, e busco, enfio o telefone no gancho e jogo-me na cama seca...
Bom... prefiro mesmo a sessão do inter-cine.


Escrevi às 02:00!! srss

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Por enquanto, quero só paz e arroz...

Precisando de um sossego. Um tempo. Por isso vou lutando pra empurrar como der a faculdade e tudo mais.
E quando, enfim, puder respirar um pouco, quem sabe essa nuvem negra suma...
Quero tempo!

Hoje deixo um escrito meu apenas... o dia foi mais que cheio, to sem o que dizer... mas aí embaixo logo traduzo tudo:

Descalça, eu arrisco a meter meus pés no chão.
E caminhando sem norte, eu apresso o passo, piso forte.
Dou voltas e voltas...
Vejo crianças correndo na vasta praça,
Tão bom ser menino... correr sem rumo, sem destino.
Enquanto toco pedras com meus pés,
Lembro do moreno...
E quanto desespero...
Ainda sinto amargo o sabor de não saber,
Tantas vezes perguntar "porque"
Nesste meu caminho... se recuo tropeço
Se avanço, eu mesma me impeço.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Conversa de botas batidas...

Sentados à grama trocando idéias... loucura, só pode ser...
Descobri que não estou sozinha nas minhas confusões, dúvidas e medos... Tantos temem tanto quanto eu...
Eu, que não posso parar um minuto sequer que me ponho a pensar e entro logo em crise existencial, acabo por dizer pra muitos o que eu mesma preciso ouvir... rs
Tudo anda muito bagunçado. Acredito estar vivendo um período horrível de tantas incertezas...
Quero, num mesmo tempo, abraçar o mundo e chutá-lo no meio do estômago...
A faculdade, meus planos, meu emprego, "meus amores", tudo anda por aí me rodeando e zombando de mim... riem todos, da minha real capacidade de não reagir diante da dor.
E quanta dor...
Caminho sorrindo, cantando, balançando os cabelos, fingindo tão bem... estar bem...
E em casa, sozinha, tropeço, engulo seco, jogo a música no poço de mim, encolho o corpo....
E choro... como criança que não sabe onde deixou o brinquedo...
O meu prazer hoje, é rir da minha dor.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Ai... dói...


Buscando fugas....


Ando por aí, tresloucada com amigos doidos e sãos, com cigarro entre a boca, perfume entre as mãos...


Sabe.. essa coisa da fuga... ora funciona, ora não... Complicado!

Mas uma coisa é certa... rodear-se de amigos nessa horas faz um bem danado!

Essas falas típicas "Olha, vai passar"; "isso acontece comigo também"; "é normal... esqueçe"; "Tá certo, é por aí mesmo", dão um "up" no astral... não por serem as falas a confirmação das suas vontades (por que isso realmente não é, quase nunca acertam no que vão dizer), mas é pelo conforto do calor amigo e da fala singela e transparente... amigos... é bem por aí mesmo.


E nesse sentido, ando transbordando. Rodeada de pessoas com energia boa, calor e tudo mais...

E algumas bagunças, brincadeiras e danças. Algum vinho, um samba, um violão... um abraço apertado, um "te amo" engraçado...


É o caminho... e por isso tudo que disse aí em cima, e SOMENTE por isso, é que estou assim... "levando"...


Carinhos deliciosos em todos que abraços calorosos irradiaram em mim nessas semanas...


Inté breve!

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Hum....


Bem... to ensaiando...
Ensaio vida...
Além...
Aquém...

Começando...

Pensei em escrever algo que me fizesse completa...
Infelizmente... não posso!Sou excêntrica demais, complicada demais... tenho idéias demais!
Me conformo... o verdadeiro ser interior assim é. De difícil explicação, definição e exteriorização.
Ainda assim começo apenas com uma vontade: escrever. E seja sobre o que for, sem obrigatoriedade.
Meu objetivo: exteriorizar aquilo que sinto, percebo e vejo.
Aquilo que é verdadeiro no ser humano: a busca incessante por algo que nunca iremos alcançar... algo que jamais iremos definir... é atrás desse algo que me ponho aqui detrás dessa tela...
 

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