quarta-feira, 9 de abril de 2008

Eu quero estar na página do aluga-se
Desse jornal que você lê.

Então... só me resta esperar
Que o entregador acerte a casa verde
E na varanda você deve estar
Que a caneta esteja na mesinha do centro,
ao lado da rede que, mais tarde, iremos cochilar.
E um cochicho doce,
Solvido baixo,
Riscando os pés - meus nos seus.
Um riso bobo, uma alegria só.
Na rede: amora, morango, amor.

Chegada a hora...
É só esperar
Que esse papel seco e cinza
Tome vibração de uma luz de marca-texto
Com a qual você irá me pintar.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O Tro(preço)


Era, de longe, a maior mentira em que pus fé
Pensar que amar é como querer.
Não tardava pra eu dizer, solver o doce em teu abrigo
Cantar o penar que era, chorar através duns livros

Calmei. Pausei pontuando com vírgulas e entrelinhas.
Queria era teu cheiro no meu vestido de algodão
Ou a marca do seu sapato assolado em meu quintal

Ainda bem... fui eu quem quis.
Agora a porta range a agonia
De te ver pelo buraco da fechadura
Plasmado do teu sorrir.

Se foi
Me Fugiu
Sem se deixar ferir.
 

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