sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Uma canção de amor




Espere...

O que falei a pouco não foi pra te machucar.
É esse impulso infante
Que faz de mim esse monstro que você vê.

Não bata outra vez a porta amor,
Ando cansada de correr pro lado seu.
Sabe que hora dessas bate o vento, seca nossas lágrimas
E você desmacha a cara feia de quem não quer me ver.

Já são onze.
Esperemos a sensatez nos pontuar também.
À meia noite te digo: "Jure"
E você fala sobre nossa velhice, calvice e fim.

Tire o sapato amor,
Vem me dê do nosso jeito a sua mão
Sorria que é pra me encantar
Espere o badalo das doze
E volte amanhã pro jantar.


7 comentários:

Nuno´s alter-ego disse...

Mas alem disso mulher tem outra coisa minha mae nao dorme enquanto eu nao chegar... Nao sei pq mas seu texto me fez lembrar essa musica;...falar sobre velhice e calvice isso sim que e amor, o resto e paixao..lindo

Zéder disse...

"À meia noite te digo: 'Jure'"


(...)

ROMEU — Senhora, juro pela santa lua que acairela de prata as belas frondes de todas estas árvores frutíferas...
JULIETA — Não jures pela lua, essa inconstante, que seu contorno circular altera todos os meses, porque não pareça que teu amor, também, é assim mudável.
ROMEU — Por que devo jurar?
JULIETA — Não jures nada, ou jura, se o quiseres, por ti mesmo, por tua nobre pessoa, que é o objeto de minha idolatria. Assim, te creio.
ROMEU — Se o amor sincero deste coração...
JULIETA — Pára! não jures; muito embora sejas toda minha alegria, não me alegra a aliança desta noite; irrefletida foi por demais, precipitada, súbita, tal qual como o relâmpago que deixa de existir antes que dizer possamos: Ei-lo! brilhou! Boa noite, meu querido. Que o hálito do estio amadureça este botão de amor, porque ele possa numa flor transformar-se delicada, quando outra vez nos virmos. Até à vista; boa noite. Possas ter a mesma calma que neste instante se me apossa da alma.
ROMEU — Vais deixar-me sair mal satisfeito?
JULIETA — Que alegria querias esta noite?
ROMEU — Trocar contigo o voto fiel de amor.
JULIETA — Antes que mo pedisses, já to dera; mas desejara ter de dá-lo ainda.
ROMEU — Desejas retirá-lo? Com que intuito, querido amor?
JULIETA — Porque, mais generosa, de novo to ofertasse. No entretanto, não quero nada, afora o que possuo. Minha bondade é como o mar: sem fim, e tão funda quanto ele. Posso dar-te sem medida, que muito mais me sobra: ambos são infinitos.

(...)

Zéder disse...

:)

Zéder disse...

Como assim penso demais? rsrs..
Eu achei que estava colaborando com a campanha 'faça um blogueiro feliz'.. Seria um elogio? rsrs hum, mas acho que se fosse não traria dúvida.. kkkkkkkkkkkkkk :/
A propósito tenho uma ótima digitação e não me custa nada escrever bastante e depois posso apagar kkkkk .. além de que meu blog se chama 'bloco de notas sobre o vento' ..intensidade e a brevidade de vida das minhas palavras é uma filosofia literária: "Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas."

Primeiro comentário Acima: citação do original do clássico.. (precisa falar?) ..embora clichê por superesposição este trecho ás vezes é esquecido e merece ser citado por sua beleza dialética.

Atenção: esta mensagem será deletada em alguns minutos ..
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
hasta la vista, baby .. !

Thaiane Guerra disse...

Éder... inclivel que estou lendo um do Shakespeare - trabalhos de amor perdidos - mas não havia percebido nexo entre os escritos dele e alguns meus.

alegria ver você trazer essas riquezas pra mim. :)

Quanto ao pensar demais, acredite, é um elogio!

bjo

Thaiane Guerra disse...

esse trecho é lindo!!

Mariana disse...

srta.luz
me surpreedi
realmente gostei
casual...natural...não-formal

como elogiar sem ser clichê?

talvez tenha entendido...

sucesso

 

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