quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O Samba de mim

Ajeita a gravata azul em frente à janela.
Eu espio, arrepio da porta.
Leva as mãos aos cabelos.
E quando, num movimento apressado, volta seu olhar para mim, apresso-me com um passo falso de quem acaba de chegar.
Atravesso a sala branca, crua e nua, ajeitando com o dedo indicados os óculos sobre o nariz. Sento-me na cadeira à esquerda da porta de madeira e marco o tempo no meu pulso esperando que ele acene para mim.

Eu quero o fim do tormento
Da sua cor refletida em mim.
Quero o fim do seu sapato pisando, esmagando o que ainda resta.
Quero chegar e sair sem tanta pressa, sem vontade de me perder...
Esqueça-se de caminhar em meu sentido. Volte, mas não tropece, enfim...
Hoje desço das escadas tão contente
De riscar definitivamente,
O seu nome do meu pasquim.

Um comentário:

Nuno´s alter-ego disse...

Quero chegar e sair sem tanta pressa, sem vontade de me perder...
Vc tem que deixar de ser tao eu...Ou nao hehehe

 

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